Resolvi tratar desse assunto depois que vi a publicação de
uma amiga no Facebook. Nessa rede social ela postou um passo a passo ensinando
a por um barrado de tecido em um pano de prato. Nada muito complicado, mas uma
informação preciosa para quem não tem muitas habilidades com a máquina de
costura.
Vi as várias fotos do passo a passo e depois me deparei com
um comentário dessa minha amiga, afirmando que algumas professoras de patchwork
haviam reclamado dessa sua atitude.
“Voces não
vão acreditar.... teve professoras me xingando por causa desse pap...disse que
assim eu nunca vou ganhar dinheiro com patchwork...ao invés de eu dar aula paga
fico colocando pap de graça...”
Será que essas professoras que reclamaram têm alguma razão? Será
que ensinar patchwork sem cobrar por isso é tão ruim assim? O que será que se perde ao se ensinar de
graça?
Eu adoro ensinar às pessoas.
Diariamente recebo e-mails de pessoas me pedindo informações sobre
alguma coisa. Eu acho isso normal. Sempre que posso repasso a informação,
principalmente quando não é uma coisa que vai tomar muito do meu tempo. Cada
vez que ensino eu aprendo mais sobre o assunto.
Até mesmo aqui no blog, gosto de reservar espaço para ensinar
técnicas para iniciantes. É uma coisa que gosto de fazer. Será que isso reflete
em algum tipo de prejuízo pra mim? Eu prefiro acreditar que não.
As informações que coloco no blog, ou que qualquer outra pessoa
disponibiliza na internet sobre patchwork, em minha opinião, é como um cartão
de visitas que mostra um pouco do nosso nível de conhecimento. Já tive diversas alunas que me procuraram
depois de ver o meu blog. Acho que isso é bom, pois elas já sabem mais ou menos
o que esperar de mim.
As professoras que reclamaram da atitude da minha amiga, a meu ver,
só demonstram o quanto estão desatualizadas. Nos blogs brasileiros que tratam
do patchwork é possível encontrar muitos tutoriais ensinando uma grande
variedade de técnicas e nos demais blogs de patchwork espalhados pelo planeta a
variedade é muito maior. Ou seja, se a informação não vier através das
professoras de patchwork do Brasil, virá através das professoras do resto do
mundo. O Google tradutor está disponível “gratuitamente” a qualquer um que
desejar usá-lo.
Não adianta lutar contra isso. É uma tendência mundial. O que nós,
professoras de patchwork, devemos fazer é estar sempre à procura de novidades,
investindo em livros e cursos. Querer viver às custas de informações que se
conquistou há anos atrás não combina mais com os dias atuais. Aliás, isso vale
para qualquer profissão.
Graças a internet, a informação é algo que está acessível a todos
e não adianta quer ir contra a maré. Temos que nos adaptarmos aos novos
tempos e deixar de lado a acomodação para seguirmos aprendendo cada vez mais.
Você concorda com esse ponto de vista?